autoliderança e protagonismo

Autoliderança e protagonismo

Para liderar outras pessoas, é preciso antes liderar a si próprio. E mesmo que seu objetivo seja apenas se tornar um profissional melhor e mais completo, o caminho para isso passa inevitavelmente por conhecer a si mesmo e assumir a responsabilidade pelo próprio desenvolvimento e pela própria carreira.

Junto com o desejo por modelos de gestão mais flexíveis e participativos e menos hierárquicos, há nas empresas a necessidade de ter profissionais cada vez mais maduros e responsáveis, que consigam trabalhar de forma autônoma e criativa, gerenciando tempo, energia e prioridades. Que sejam capazes de assumir uma postura protagonista, construindo relações e resultados que vão muito além dos limites tradicionais do seu papel ou área.

Protagonismo, aliás, é uma palavra muito presente na lista de atitudes que as empresas esperam de seus colaboradores. O protagonismo, porém, não é ponto de partida, nem fruto apenas da força de vontade pessoal. Ele é resultado de um longo processo de descoberta e desenvolvimento pessoal para a autoliderança.

E o caminho para ser capaz de liderar a si mesmo tem algumas etapas importantes. A primeira delas é o AUTOCONHECIMENTO. Olhar para si mesmo e entender: em que ambientes você prefere trabalhar? Que situações tornam você mais produtivo ou que tiram você do sério? Como é o seu jeito de se relacionar com as pessoas?

O autoconhecimento passa também por reconhecer quais são seus pontos fortes e aspectos a desenvolver. Muito além do senso do comum, hoje já se sabe que valorizar os pontos fortes é um caminho muito mais efetivo para alavancar a carreira e para a realização pessoal do que insistir em tornar mediana uma competência inexistente.

Identifique seus talentos: as coisas que você faz com mais naturalidade, prazer ou facilidade que outras pessoas; gostos ou aptidões que você demonstrava desde a infância; atitudes ou habilidades pelas quais você sempre foi reconhecido na escola ou trabalho. Essas respostas vão ajudar você a entender em que cenários você consegue atingir o seu melhor desempenho e fazer a diferença.

Tenha clareza também sobre quais são seus valores mais profundos. E, aqui, eu não falo apenas de questões éticas (como respeito, justiça ou verdade), mas do que você considera importante e de como você acredita que o trabalho deva ser feito. A falta de alinhamento entre os seus valores e os valores da empresa em que você trabalha vai prejudicar a sua performance ou limitar o seu sentimento de satisfação pessoal ao entregar resultados.

O autoconhecimento leva à segunda etapa dessa jornada: o AUTODESENVOLVIMENTO, assumindo a responsabilidade pelo próprio desenvolvimento pessoal e pela própria carreira. Isso significa buscar os conhecimentos e as habilidades necessárias para completar ou alavancar o seu potencial.

Para profissionais mais experientes ou em níveis hierárquicos mais elevados, que já atingiram um bom nível técnico em suas carreiras, é bem provável que essa etapa implique o desenvolvimento de habilidades emocionais e relacionais, como:

  • Lidar melhor com as próprias emoções e ter mais autocontrole e resiliência.
  • Manter-se produtivo e ser capaz de tomar decisões, mesmo em cenários de incerteza ou dificuldade.
  • Comunicar-se de forma efetiva e construir parcerias no trabalho, não menosprezando o papel das relações e do clima organizacional para gerar resultados.

É uma etapa de amadurecimento, de investir no próprio aperfeiçoamento (aproveitando as oportunidades práticas isso) e de, por vontade própria, desenvolver novos hábitos ou parar de fazer coisas que comprometam o seu crescimento e a sua carreira.

Só assim é possível avançar para a terceira etapa, atuando com mais AUTONOMIA E PROTAGONISMO.
Fruto direto do autoconhecimento, a autonomia significa ser capaz de reconhecer as próprias emoções e padrões de comportamento e responder de forma mais consciente às novas situações, sem cair no piloto automático.

O protagonismo também significa fazer escolhas pessoais mais conscientes, não se deixar levar pelas circunstâncias e demonstrar responsabilidade pessoal para atingir os resultados desejados. Sem se colocar no papel de vítima, sem buscar culpados ou justificativas e usando os seus talentos para ter uma atuação mais propositiva.

 

Referências:

DRUCKER, Peter F. Managing Oneself. Harvard Busines Review. Jan. 2005.

HICKMA, Craig. CONNORS, Roger. SMITH, Tom. O Princípio De OZ: Como usar o accountability pra atingir resultados. Rio de Janeiro: Alta Books, 2019

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